Dilatação Endoscópica

O que é Dilatação Endoscópica?

A dilatação endoscópica, como o nome indica, tem como objetivo dilatar segmentos do tubo digestivo que tenham o seu calibre reduzido (denominadas estenoses). Esta diminuição do calibre habitual pode resultar de alterações do desenvolvimento do indivíduo (causas congénitas), de doenças naturais (neoplásicas e não-neoplásicas) ou devido a intervenções médicas (causas iatrogênicas).

Como é realizado o procedimento de dilatação endoscópica?

A abordagem endoscópica depende, necessariamente, da localização do “aperto” ou estenose, podendo optar-se, por exemplo, por uma endoscopia digestiva alta no caso de estenoses do esófago, ou uma colonoscopia quando estamos perante uma estenose do cólon. Atualmente é também possível tratar estenoses em locais de acesso endoscópico mais difícil recorrendo a técnicas e acessórios especiais, como é o caso da enteroscopia para as estenoses do intestino delgado e da CPRE para as estenoses das vias biliares.

A dilatação propriamente dita é conseguida através da introdução de um pequeno balão ou de um dilatador rígido após colocação de um fio-guia através do endoscópio.

Que preparação é necessária para este procedimento?

A preparação necessária vai depender da abordagem endoscópica escolhida.
Visto tratar-se de uma técnica invasiva com potencial de causar hemorragia, será necessário em alguns casos suspender a toma de alguns medicamentos que interferem com a coagulação.

Muitas vezes as dilatações endoscópicas são efetuadas sob o efeito de anestesia, pelo que nesses casos poderão ser exigidos alguns exames e avaliação em consulta de Anestesiologia.

Quais os motivos principais para realizar este procedimento?

De uma forma não exaustiva, apresentamos de seguida algumas indicações para dilatação endoscópica, divididas por segmentos do tubo digestivo:

  • Esófago: Estenose péptica (resultante de doença do refluxo gastroesofágico); Estenose Cáustica; Acalásia; Anel de Schatzki;
  • Estômago e Duodeno: Estenoses Pilóricas Malignas ou Benignas; Estenoses de Anastomose Cirúrgicas;
  • Intestino Delgado e Cólon: Estenoses associadas a Doença de Crohn, pós-Diverticulite, ou Enterite e Colite Rádica;
  • Vias Biliares e Pâncreas: Colangite Esclerosante Primária, Estenoses pós-transplante hepático, Pancreatite Crónica, Colangiocarcinoma.

Em que situações não deve ser realizado este procedimento? Há contraindicações?

Para além das contraindicações da via endoscópica escolhida, também existem algumas contraindicações relacionadas com a dilatação propriamente dita, nomeadamente a incapacidade de fazer passar um fio-guia através da estenose , a dilatação de anastomoses cirúrgicas recentes ou a presença de uma perfuração.

Também está geralmente contraindicada a dilatação de lesões com hemorragia ativa ou em doentes com risco aumentado de hemorragia.

Quais os principais riscos da dilatação endoscópica?

Para além das complicações inerentes à abordagem escolhida, existem algumas complicações atribuíveis à dilatação propriamente dita e que podem ser potencialmente graves ou mesmo fatais, refletindo o carácter invasivo do procedimento.
A complicação mais frequente é a dor, com diferentes localizações consoante o segmento dilatado. A dor é habitualmente transitória e facilmente controlada com medicamentos.

Outras complicações importantes pela sua gravidade são a hemorragia e a perfuração. Geralmente estas complicações são resolvidas com técnicas endoscópicas ou terapêutica médica conservadora, mas, em último recurso, poderá ser necessário realizar uma cirurgia de urgência.

Se o exame for realizado com sedação ou com anestesia há riscos específicos associados aos medicamentos utilizados nestas circunstâncias.

 

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