Polipectomia + Mucosectomia

O que é Polipectomia?

A polipectomia é um procedimento médico feito com o objetivo de remover pólipos que podem se formar em pontos do sistema gastrointestinal. Normalmente, ela é chamada de polipectomia no cólon, por ser feita nessa região do organismo. No entanto, também pode haver a polipectomia no estômago, já que esse ponto também está suscetível à formação de pólipos.

Como é feita a Polipectomia?

A polipectomia é considerada um procedimento minimamente invasivo, geralmente feita aliada à colonoscopia ou a endoscopia, a depender do ponto do corpo de onde se deseja remover o pólipo.

Além da câmera que é inserida no corpo dos pacientes nesses procedimentos, por meio de um tubo longo e flexível, é inserida também uma pequena pinça, que permite a remoção dos pólipos nos mais diferentes pontos do estômago ou do cólon do paciente.

Para que serve a Polipectomia?

A polipectomia do esôfago, estômago ou duodeno serve para a remoção de pólipos que podem se formar no estômago ou no duodeno e, mais raramente, no esôfago.

Quais os riscos de fazer uma Polipectomia?

Polipectomia com alça diatérmica é procedimento seguro, sendo sangramento a complicação mais freqüente, relacionado ao tamanho da base do pólipo e geralmente acessível a tratamento endoscópico. Perfuração vindo a seguir, tendo tratamento conservador como primeira opção.

Como deve ser o preparo?

Para o preparo da retirada dos pólipos, normalmente é  solicitado fazer uso de laxantes 24 horas antes do exame, para limpar o intestino eliminando todas as fezes, isso facilitará o processo de observação do local onde os pólipos estão. Também pode ser necessário que a pessoa faça uma dieta líquida, ingerindo apenas água e sopas.

Além disso, nos 3 dias anteriores ao procedimento o paciente não deve tomar medicamentos anti-inflamatórios, aspirina e anticoagulantes, pois estes remédios aumentam o risco de sangramento interno no intestino.

Possíveis complicações da Polipectomia?

Nos primeiros 2 dias após a polipectomia pode haver um pequeno sangramento, que pode ser facilmente observado nas fezes. Raramente este sangramento pode durar até 10 dias depois do procedimento, mas esta não é uma situação grave.

No entanto, se o sangramento não ceder, for volumoso e a pessoa apresentar fortes dores abdominais, febre e o abdômen ficar inchado, é recomendado informar ao médico porque pode ter ocorrido uma perfuração da parede intestinal e pode ser necessário fazer uma outra cirurgia.

Cuidados necessários após retirar os pólipos intestinais:

Após a retirada dos pólipos intestinais é normal o surgimento de pequenas quantidades de sangue nas fezes, não sendo motivo de preocupação, no entanto, é importante estar atento se existe sangramento excessivo durante os primeiros 5 dias, pois nesses casos é recomendado ir imediatamente ao pronto-socorro. É ainda importante evitar o uso de remédios anti-inflamatórios durante 7 dias, como Ibuprofeno, por exemplo, pois existe o risco de sangramento intestinal.

Nos dias seguintes a retirada dos pólipos, é comum que as paredes do intestino fiquem mais sensíveis e por isso, deve-se fazer uma alimentação leve, à base de grelhados e cozidos, durante os primeiros 2 dias. Saiba o que comer após a retirada dos pólipos.

A maioria dos pacientes pode voltar a sua dieta habitual após o procedimento, mas caso exista algum tipo de desconforto gastrointestinal, deve-se seguir as orientações que o médico e nutricionista que irá informar melhor sobre como pode ser à alimentação. Como a retirada é feita com sedação ou anestesia, também está aconselhado que, após o exame, o paciente seja levado para casa por um familiar, uma vez que não se deve conduzir nas primeiras 12 horas.

O que é Mucosectomia?

A mucosectomia é uma técnica endoscópica que permite a remoção de lesões gastrointestinais presentes nas camadas superficiais da parede do tubo digestivo (camada mucosa e parte da submucosa). Principalmente em lesões até 15-20mm, esta técnica permite a remoção completa, em segurança e em bloco (num só fragmento), evitando-se o recurso a cirurgia nestes casos. O procedimento é curativo quando são satisfeitos dois critérios:

  • A lesão  é superficial, ou seja, limitado à camada mucosa e parte da submucosa;
  • As margens de ressecção  estão livres de tumor;
  • A análise da lesão revela que esta é uma neoplasia bem diferenciada.

Para lesões maiores ou mais profundas pode-se usar uma outra técnica chamada remoção endoscópica por dissecção da submucosa.

Apesar de também permitir a remoção de pólipos do tubo digestivo, a mucosectomia apresenta algumas diferenças relativamente à polipectomia. O plano de  ressecção da mucosectomia é mais profundo do que o de polipectomia e a área ressecada é mais extensa. Enquanto que pólipos são facilmente removidos pela aplicação simples de uma ansa diatérmica standard, muitas lesões neoplásicas requerem acessórios e técnicas especiais para conseguir um plano mais profundo e uma ressecção suficientemente larga.

Como é feita uma Mucosectomia?

Vários acessórios e técnicas são utilizadas.  Na mucosectomia são usadas ansas diatérmicas de material mais denso e resistente. O plano de ressecção mais profundo é conseguido através de endoscopia com sucção e injeção de solução salina para elevar a lesão. Pode ser usado um dispositivo transparente, adaptado à extremidade do endoscópio para melhorar o poder de elevação e de sucção. Pode também ser realizada com ligadura elástica (em que se forma um pseudopolipo pela aplicação de um elástico).  A mucosectomia permite em muitos casos, a ressecção de uma área de superfície ampla, assegurando remoção completa da lesão.

Que preparação é necessária para este procedimento?

Visto que os pólipos podem surgir em qualquer parte do tubo digestivo, a preparação para a polipectomia depende da abordagem endoscópica (ver endoscopia digestiva alta, enteroscopia e colonoscopia).

Visto que é um procedimento terapêutico, com risco de hemorragia, é necessária a suspensão prévia de medicamentos que alterem a coagulação do sangue, como antiagregantes e anticoagulantes. Deve, no entanto, falar com o seu médico assistente antes de suspender estes fármacos.

Se o procedimento for realizado sob anestesia, podem ser necessários alguns exames prévios (análises, telerradiografia do tórax e eletrocardiograma) e a realização de uma consulta de Anestesiologia.

Quais os motivos principais para realizar este procedimento?

A realização de mucosectomia está indicada em lesões que, pelas suas características (forma, tamanho ou localização), poderão não ser adequadamente excisadas ou removidas com segurança com a técnica de polipectomia simples.

Em que situações não deve ser realizado este procedimento? Há contraindicações?

Para além das contraindicações da via endoscópica (ver endoscopia digestiva alta, colonoscopia e enteroscopia), também existem algumas contraindicações relacionadas com o risco hemorrágico do procedimento. Assim, geralmente, pessoas com alterações não corrigidas da coagulação ou que estejam medicadas com certos antiagregantes ou anticoagulantes e que não os tenham suspendido antes do procedimento não deverão ser submetidas a mucosectomia endoscópica (após discussão do risco/benefício com o seu médico assistente).

Quais os principais riscos da Mucosectomia?

Em lesões grandes esta técnica pode são ser suficiente para remoção completa num único fragmento. Isto pode associar-se a aumento do risco de crescimento (recidiva) da lesão na área da cicatriz (ver dissecção submucosa).

Este procedimento pode estar associado a perfuração (em cerca de 1-2% dos casos) e hemorragia (cerca de 5% dos casos). As perfurações poderão ser tratadas durante a endoscopia. No entanto, alguns doentes necessitam de cirurgia para tratamento da perfuração. As hemorragias são normalmente moderadas, sendo a transfusão de sangue necessária em poucos casos. Em menos de 1% das mucosectomias pode ser necessário realizar cirurgia para parar a hemorragia.

 

Qual a diferença entre Polipectomia e Mucosectomia?

polipectomia se refere à ressecção de pólipos por endoscopia, utilizando pinça de biópsia ou alça de polipectomia. A mucosectomia é uma técnica endoscópica especial empregada na ressecção de lesões superficiais e pólipos grandes do trato digestivo.

 

POLIPECTOMIA E MUCOSECTOMIA

Os pólipos do cólon e reto (intestino grosso) são muito comuns e são identificados em mais de 30% da população adulta. Os pólipos são lesões benignas, porém, tem potencial para crescer e se transformar em câncer. Felizmente, através da colonoscopia é possível não só diagnosticar como também remover os pólipos intestinais de forma completa e segura, impedindo-os de se transformarem em um câncer do intestino.

A maior parte dos pólipos intestinais é de pequeno tamanho e não causa nenhum sintoma. Normalmente, só são identificados quando se realizam exames de rotina para prevenir o câncer de cólon, como a colonoscopia.

Pólipos de tamanho maior podem causar sintomas como obstrução intestinal por impedir a progressão das fezes ou apresentar escoriações pela passagem de fezes endurecidas, podendo, assim, sangrar.

A maneira mais eficaz de se evitar o câncer de cólon é identificando precocemente os pólipos e removendo-os antes que eles se transformem no câncer de intestino.

Pólipos pequenos (menores do 1,5 à 2 cm) podem ser retirados pela colonoscopia imediatamente após a sua identificação se o paciente não apresentar nenhuma contra indicação para o procedimento (por exemplo doenças que alteram a coagulação ou uso de medicações que reduzem a coagulação como AAS e Marevan).

A remoção dos pólipos, que recebe o nome de polipectomia, é um procedimento que não dói e não costuma causar sangramentos. A polipectomia é segura, havendo uma taxa de complicações menor que 1 a cada 1000 procedimentos. Os maiores riscos são a perfuração do cólon e o sangramento, porém, ambos são incomuns.

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